BDI, CUB, INCC e TCPO: índices e indicadores da construção civil

Gabriela Pereira de Souza

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Conheça os principais índices e indicadores da construção civil: BDI, CUB, INCC e TCPO. Toda construtora precisa fazer o acompanhamento e controle desses números e dados para não ficar para trás.

A princípio, o setor da construção civil tem grandes números de empregos e é responsável por uma quantia significativa da atividade econômica do país, dados do CBIC apontam que aproximadamente de 5% do PIB brasileiro é baseado neste mercado. Por esse motivo, é fundamental sempre acompanhar as movimentações e atividades relacionadas a essa importante parte da economia do Brasil e, para isso, é necessário saber quais índices olhar. Nesse sentido, separamos aqui uma lista com quatro índices da construção civil para ficar atento. 

4 índices e indicadores da construção civil

Existem muitos índices da construção civil que são importantes e precisam ser analisados com frequência. Então vamos falar quatro deles:

  1. BDI (Budget Difference Income)
  2. CUB (Custo Unitário Básico)
  3. INCC (Índice Nacional de Custo da Construção)
  4. TCPO (Tabela de Composição de Preços para Orçamentos)

Você provavelmente já ouviu falar de todos eles, mas sabe qual é a importância de cada um desses indicadores da construção civil para a sua empresa? Confira aqui e vamos entender melhor:  

1. BDI (Budget Difference Income)

O BDI, em português significa: Benefícios e Despesas Indiretas. Além disso, ele é um elemento do orçamento que auxilia o profissional responsável pelo planejamento financeiro da construção civil a compor o preço de venda adequado considerando os custos indiretos. 

Não só isso, mas também é importante ressaltar que esse não é um indicador absoluto, cada serviço ou obra precisa ter um BDI específico, porque as condições de cálculo e o preço de venda variam de acordo com cada caso. 

Nos orçamentos, dois componentes estabelecem o preço final de um serviço: os custos diretos e o BDI. 

A empresa incorre em custos indiretos, que não são incorporados ao produto final, mas ajudam a compor seu custo total. Esses custos incluem seguros, garantia, custo financeiro do contrato, administração central da empresa e tributos sobre a receita.

Já os custos diretos são aqueles que acontecem especificamente por causa da realização do serviço oferecido. Ou seja, todos os insumos inclusos em uma composição de custo unitário de serviço são considerados aqui.

O BDI auxilia as empresas a assegurar um bom custo global e a cobrir as despesas da administração central, impostos, garantias, custos financeiros, tributos e a margem de incerteza. 

Leia também:

Dicionário da construção civil: o que é BDI? Como calcular? – Obra Prima

O cálculo do BDI é o seguinte: 

BDI = ⎨[(1+ AC + CF + S + MI) / (1 – TM – TE – TF – MBC – G)] – 1 ⎬ x 100

Sendo que: 

AI: A Administração Central divide os custos de funcionamento do escritório entre as obras que serão realizadas, ou seja, custos correspondem a 7% a 15% do faturamento anual quando ele é grande, ou a 10% a 20% quando o faturamento é pequeno.

CF: Custo financeiro, referente às condições de medição e pagamento do contrato e incluídos quando necessário devido ao desembolso da construtora ao longo da execução. 

S: Seguros, previstos ou não no contrato, como as garantias de realização de terceiros, performance bond, entre outros.

G: Garantias de cumprimento de contrato, como o valor do caução, seguro garantia, custos de documentação em relação a elas, etc. 

TM, TE e TF: Tributos Municipais, Estaduais e Federais, respectivamente, ISS, ICMS, PIS, COFINS, INSS, CSLL e IRPJ. 

MBC: Margem Bruta de Contribuição, conhecida também como Lucro Bruto Previsto, é o valor definido por cada uma das empresas e que pode mudar de acordo com a proposta de preço, sendo, geralmente, baseada na situação do mercado de construção civil na hora de realizar o cálculo. 

MI: Margem de Incerteza, que corresponde de 5 a 10% do valor, mas que só deve ser considerada pelas empresas contratantes, do contrário deve ser excluída do cálculo. 

2. CUB (Custo Unitário Básico)

Já falamos aqui no blog sobre o CUB, você consegue relembrar aqui. Esse é o Custo Unitário Básico, ou seja, ele ajuda na estimativa dos custos principais de construção de um projeto. Por essa razão que ele é fundamental para a assertividade e precisão dos orçamentos de uma construtora. 

O objetivo básico desse indicador é ajudar o mercado de incorporação imobiliária, servindo como um parâmetro na determinação dos custos de uma construção. Além disso, é composto pelos preços de materiais e mão de obra, salários,  equipamentos e despesas administrativas junto com uma amostra de empresas de construção. 

Desse modo, o CUB se baseia em dois fatores muito importantes: o padrão de acabamento da obra e o projeto-padrão. O projeto-padrão estabelece o tipo de construção civil que iremos realizar, incluindo o número de dependências por unidade, de pavimentos e o total de unidades. Além disso, nós determinamos o nível de acabamento como baixo, médio ou alto, representando o grau de refinamento da construção civil.

Para calcular o CUB é relativamente simples, basta seguir a fórmula: 

CUB = (preço de materiais + mão de obra + preço de equipamento) / área construída

3. INCC 

O INCC, Índice Nacional de Custo da Construção, mede os gastos com obras de uma construção na planta. Além disso, existem diferentes formas de financiar empreendimentos imobiliários, sujeitas a juros, taxas e impostos.

O INCC, por exemplo, é uma taxa calculada mensalmente pela FGV para acompanhar o crescimento dos custos dos insumos em construções habitacionais. Os compradores de imóveis em construção usam-no para ajustar as parcelas dos contratos. Além disso, calcula-se o índice a partir da média ponderada dos dados coletados em sete cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Porto Alegre, Brasília, Recife e Belo Horizonte. Leva em conta quatro fatores: equipamentos, serviços, materiais e mão de obra.

Dividimos os preços dos materiais em três grupos: estruturais, acabamentos e instalações. A FGV levanta esses custos com base em orçamentos analíticos de empresas de engenharia civil, com 64 itens de mão de obra e 659 itens dos outros fatores.

O sistema de pesos considera as variações de custo entre as cidades e os tamanhos dos mercados de construção habitacional, ou seja, cada cidade tem um peso dado em percentual, totalizando cem.

Sendo assim, a principal vantagem do uso do INCC nas parcelas dos empreendimentos é a manutenção do poder de compra acordado com o cliente. O índice protege os valores do financiamento de imóveis na planta, evitando a inflação nos preços dos insumos ao longo da construção civil.

Você consegue consultar aqui a sua última variação, confira.

4. TCPO (Tabela de Composição de Preços para Orçamentos)

A TCPO, lançada em 1955, é um importante indicador da construção civil. A Pini, empresa de referência no setor, produz a tabela e fornece informações confiáveis aos engenheiros e construtores. Com dados relevantes para orçamentos, ela apoia as atividades profissionais.

No entanto, variações de custos e influências climáticas podem afetar as previsões de orçamento de obras. Mesmo com conhecimento e experiência, é impossível determinar a viabilidade de um projeto sem o acompanhamento fiel dessas informações confiáveis.

Assim, o papel da TCPO é fornecer informações que possibilitam determinar os gastos gerais de uma construção, ou seja, ele alimenta as bases de dados dos sistemas de gerenciamento usados nas obras.

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Não basta apenas conhecer a TCPO, também é importante saber como ler. Uma das maiores vantagens desse indicador é a sua riqueza de informações que fica disponível para os projetos. Mas, para que elas sejam úteis, os gestores e engenheiros precisam saber como ter acesso de forma rápida e fácil. 

Além disso, A TCPO é muito eficiente em seu método de categorização que conta com um código próprio dividido nas seguintes categorias: divisão, subdivisão, natureza do item, tipo e item.

As casas estruturadas em grupos diferentes são representadas por pontos separando os números: 9 grupos na forma XXYYY.Z.W.KK, sendo cada um deles uma casa separada.

 

XX = Divisão 

YYY = Subdivisão 

Z = Natureza 

W = Tipo 

KK = Item 

Como lidar com todos os indicadores da construção civil?

São muitos índices e indicadores da construção civil para lembrar e manter no radar. Por isso, é importante ter uma ferramenta que ajude a sua construtora a não se perder, somente assim você vai conseguir ter sucesso e crescer no mercado. 

Portanto, conheça o software de gestão de obras do Obra Prima, o nosso sistema, além de ter integração com a SINAPI, também vai ajudar a tornar o acompanhamento desses números muito mais simples. Clique na imagem abaixo e agende agora mesmo uma demonstração gratuita e sem compromisso: 

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Por fim, outros índices e indicadores da construção civil que você e a sua construtora precisam ficar de olho são: IGP-m (Índice Geral de Preços Mensal), ICST (Índice da Confiança da Construção), entre muitos outros. 

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