Conheça as mudanças que criaram o Casa Verde e Amarela e como esse programa se diferencia do Minha Casa, Minha Vida.
O sonho da casa própria existe para muitos brasileiros, sendo considerado um grande passo para ter maior controle sobre o próprio dinheiro e mais estabilidade e segurança.
Há muito tempo a casa própria tem impulsionado o setor da construção civil, colocando o mercado imobiliário como uma área a ser investigada para construtoras que desejam crescer.
Uma das grandes oportunidades do setor é apostar em projetos para os programas de habitação do Governo Federal, que unem o potencial do mercado imobiliário com a maior estabilidade de uma licitação de obra pública.
São programas que realizam muito mais que o sonho da casa própria para a população com renda mais baixa.
Enquanto a população se beneficia de uma vida sem aluguel, com custos mais baixos para compra e com a garantia de estar em uma zona urbana que ofereça acesso a sistemas de esgoto, água, luz e transporte público, a economia ganha maior incentivo para se desenvolver e empregos são gerados.
Antigamente muitas construtoras apostavam no Minha Casa, Minha Vida, que foi substituído há algum tempo pelo programa Casa Verde e Amarela.
Conheça aqui mais detalhes sobre o programa, entenda como ele é diferente de seu antecessor e descubra se essa é a oportunidade que sua construtora estava esperando para investir e crescer.
Casa Verde e Amarela: quais são as diferenças que o programa traz?
O foco do programa Casa Verde e Amarela possui foco em aperfeiçoar dois pontos do antigo programa:
- Construções feitas em áreas sem infraestrutura;
- Falta de escritura dos imóveis.
Para isso, foram alterados os seguintes pontos em relação ao Minha casa, Minha vida:
1. Atenção à localização dos imóveis
Para garantir que as famílias de baixa renda que entram no programa tenham acesso ao básico de infraestrutura e condições de uma vida com mais qualidade.
Com isso, é garantida a possibilidade de realizar a escritura pública do imóvel sem problemas e os moradores podem se locomover melhor para trabalhar, utilizando transporte público, e passam a viver em zonas com saneamento básico garantido.
É importante destacar que, mais do que solucionar problemas de registro de imóveis, essa medida garante melhorias para o bem-estar e saúde da população, contribuindo com uma vida digna.
2. Novas faixas de renda
Enquanto o programa anterior separava a população que poderia ser beneficiada em 4 grupos classificados por faixa de renda, o Casa Verde e Amarela estabelece apenas 3:
- Grupo 1: Renda de até R$ 2 mil;
- Grupo 2: Renda de R$ 2 mil a R$ 4 mil;
- Grupo 3: Renda de 4 mil a R$ 7 mil.
Com isso, o acesso a melhores imóveis se torna possível mesmo para membros do Grupo 1, oferecendo vantagens em relação a proposta anterior.
3. Taxas de juros diferenciadas
Entre as mudanças nas taxas de juro estão a oferta de menores percentuais para algumas regiões do país, como o Norte e o Nordeste.
Segundo o novo programa, enquanto os juros para os grupos 1, 2 e 3 nas regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste são, respectivamente, 4,5%, 5% e 7,66% ao ano, para as regiões Norte e Nordeste passam a ser 4,25%, 4,75% e 7,66% ao ano.
4. Novas modalidades de atendimento
Com o novo programa, todos os grupos de faixa de renda passam a ter possibilidades de conquistar regularização fundiária, melhoria habitacional e produção financiada, em lugar de poder ter apenas o último, como era no Minha Casa, Minha Vida.
O grande diferencial aqui é para o Grupo 1, que passa a ter possibilidades que não sejam apenas o subsídio de habitação.
Com isso, as reformas de imóveis existentes se tornam possíveis, o que beneficia não apenas a população desse grupo, mas também o setor da construção, ampliando as oportunidades de projetos e aumentando o volume de empregos na área.
5. Regularização fundiária
Principal objetivo do novo programa, passa a ser possível regularizar mais facilmente moradias irregulares. Com isso, a população de baixa renda passa a ter um respaldo jurídico em seu direito a lotes adquiridos por meio do programa.
Isso significa que famílias passam a conseguir regularizar seus imóveis mais facilmente e estão livres para iniciar melhorias habitacionais, conquistando maior conforto mesmo para famílias com renda mensal menor que 5 mil reais.
A vantagem também existe para o governo, uma vez que essa segurança faz com que o número de embates fundiários seja menor nos tribunais.
Outras vantagens que essa regularização traz são a ampliação do acesso ao crédito, o incentivo a formalização de empresas e o crescimento do patrimônio imobiliário brasileiro.
Construção civil e as expectativas com o programa Conclusão
As expectativas que o Governo Federal tem com o programa Casa Verde e Amarela são muito claras nas divulgações: gerar moradia para a população de baixa renda, atendendo, até 2024, 1,6 milhões de famílias por meio de edificações populares acessíveis.
Aqui é importante lembrar que essa meta não inclui a finalização das obras do programa anterior, Minha Casa, Minha Vida, que não será abandonado até todos os contratos assinados com famílias serem atendidos.
Para a construção civil, o que se espera é que a facilitação e novos modelos do programa impulsionem ainda mais o mercado imobiliário, criando novas oportunidades de trabalho e contratos para os profissionais e empresas do setor.
Construtoras que atendiam o programa anterior ou que desejam começar a trabalhar com o Casa Verde e Amarela devem estar preparadas e informadas para atender os novos requisitos e procedimentos das licitações e investir em gestão de obras é o primeiro passo.
Quer se informar cada vez mais sobre essa e outras novidades do mercado de construção civil? Acompanhe o blog Obra Prima e os conteúdos exclusivos que preparamos para ajudar sua construtora a crescer.